segunda-feira, 27 de julho de 2009

FORA COM A DEPRESSÃO



A depressão malvada

Que resolveu me seguir

Minha vida desandou

Eu só queria dormir.

Fui levada ao doutor

Que nem quis me assumir.



Depois de olhar pra mim

Resmungou sem medicar

--Problema isso não é

Remédio não vou te dar

Acaba essa manha

Um purgante de maná




Saí de cabeça baixa

Pensando na depressão,

--Vou vencer essa praga

Faço uma confissão

Gastei todo meu vintem

Fiz colar numa missão




Melhorei mas vou sarar

Pode esperar meu irmáo

Não sou de me entregar

Entrei na computação

Pesquisei o que bem quis

Me vi até no japão




viu ai meu campeão

Venci toda impressão

Ela não me enganou

Não importa o que são

O doutor um fanfarão

Sem amor no coração




Depressão essa não


Ela quis me matar

Quase cheguei ao ponto

Desse mundo me transportar

Sai pra lá coisa ruim

Meu Deus veio me sustentar




Vandete Bandeira Yung-Tay


20/05/05






















RECORDAÇÕES (Resgatando Cordel)



Foi em 08/12/50, nasceu.
Era uma linda criança,
Olhos puxados, lindos,
Logo veio a lembrança,
O papai oriental
Só pode ser herança.



Não se dava com o leite
Era preciso desnatar
Batido numa garrafa
Uma tia ia logo tratar
Fazia gosto ver degustar
Nem preciso retratar



Tem nome de duas Santas
Santa M. da Conceição
Santa M. da Salete
Ficou na consagração
O segundo da M. da Salete
O primeiro da M. da Conceição



Seu nome no meu Cordel
Ela pode não gostar
Assim mesmo me arrisco
Eu não sei se vai notar ,
A minha nova paixão
Que está a me deleitar .



Pra melhorar a memória
O cordel fui aprender
Foram muitos incentivos
Fizeram-me enteder
Exercitar os sentidos
É bom pra compreender



Recordar passagem boa
E guardar em gravação
Como faço agora
A fofa é admiração
Alem de doutora é
Poeta com inspiração



A menina casou cedo
De dois já é vozinha,
Estou imaginando ,
Já escreveu poeminha
Para o mesticinho ,
Que é uma gracinha



Alem do que ela é ,
Da minha estimação
Eu a mimei novinha
Mora no meu coração .
Beijo pra ti fofinha
E aquele abração



Vandete Bandeira Yung-Tay
25/07/09

sábado, 25 de julho de 2009

LUA SEM ASTRONAUTA (SEXTILHA)









Sou como prata polida
Também sou admirada
Me olham embevecidos
Não me culpem de nada
Só aumenta meu brilho
As vezes fico abismada


São tantos elogios
Eu sei que sou formosa.
No lago, meu espelho,
Me olho toda Prosa
Penso até me banhar
Pra ficar mais vistosa


Moras muito distante
A kilômetros de mim
Posso chegar perto da terra
Sentir cheiro do jardim
Até do pó de arroz
De quem usa o carmim

Prá lá do infinito
Fico preocupada
Que o homem da terra
Me deixe prejudicada
Sou só dos namorados
Não quero ser explorada


Tenho medo desses homens
Esse tal de astronauta
Com roupa cor de prata
É só isso que falta!
Pertenço aos que se amam
Não a esse cosmonauta

Era´só o que faltava
Já não chegou o rálei
Que assustou os matutos
O que pensar já não sei
Tanta criança atoa
Esperando nova lei...


Sem escola sem leite
Sem nem uma refeição
É cruel você pensar
Que em tão rica Nação
Extão esplorando a lua
E as crianças sem pão.




Vandete Bandeira Yung-Tay

25/07/09













































quarta-feira, 22 de julho de 2009

DESPEDIDA (A quadra)

















Numa grande embarcação
La fui eu mar afora
Guardando no coração
As lagrimas que chora


Se o destino preparou
Não tem como desfazer
O jeito é esperar
Tudo vai se refazer


A saudade de quem fica
É igual a de quem parte,
Destroça mas tonifica ,
Esperar é uma arte.


Nunca se desespere
Tenha calma no andar,
Sente-se e espere
Você pode definhar


Deixe as águas correr
Seja muito prudente
Não deixe o amor morrer
Seguri-o contente.


Foi assim que embarquei
Pra longe do meu amor
Não foi isso que sonhei
Ficar longe do meu calor

Vandete Bandeira Yung-Tay
22/07/09

MINHA PROFESSORA (A Sextilha)















Conta histórias lindas

Um amor de menina

Me inspira escrever

O cordel ela domina

Eu fiquei animada

E entrei nessa min
Eu era muito sossegada

Tinha preguiça de ler

Os livros desprezava

Gostava de escrever

E assim fui tentando

Até o medo perder


Meu coração

Chega a me despertar

Junto com meu cérobro

Força a me levantar

Vou logo escrever
Nem o sono vai empatar



Minha professora

É como abelha rainha

Trabalhdeira, não para,

Seu cordel é uma gracinha

Escreve sobre a formiga

Que história bonitinha.



A minha professora ,

Veja só que beleza

Descobri que seu nome

Tem a ver com princesa.

Pois é mesmo verdade

Ela se chama CLEUSA
Cleusa, esperando a coroa.
Ativa trabalhadeira
Não para, a caneta não larga
Cono a velha rendeira
Não para de tecer o cordel
É uma Abelha bordadeira.









vandetepoemablogspot.com
15/07/07



























terça-feira, 21 de julho de 2009

INFÂNCIA FELIZ ( A quadra)






É amada
Com certeza
Ser querida
Que beleza


É tesouro
Da sua mãe
Leva couro
Só da mamãe

Vovozinha
lhe perfuma
Na carinha
Passa espuma

É de gosto
Dá beijinho.
Seu rosto
Tá babadinho

Yumi é
Seu nominho
Sabe "comé"
Bonitinho.
Obrigada
Papai do céu
Ser guardada
Pelo Anjo Gabriel

Dedicado a Yume
Vandete Bandeira Yung-Tay
21/07/09

















UMA ROSA ORGULHOSA E A MARGARIDA ( A sextilha)


UMA ROSA ORGULHOSA
E A MARGARIDA

_ E ai Margarida,
Que tarde gostosa
Quer brincar comigo?
Maga toda prosa,
_ Só de pular corda.
Responde a rosa.

_Não ando pulando
Feito perereca
Não vê que sou chique
Sou uma boneca
Como posso pular
Eu não sou sapeca

Margarida só ria
_ Eu não tenho medo
Pular, Dançar, é bom
Não tenho segredo
Pulando correndo
Tudo é brinquedo .

_Sabe Margarida
Sou uma menina
Pele sensivel
Pular, imagina!
Vou estragar toda
Minha pele fina .

Pois eu sou livre
Viro bailarina
Posso rodar no ar
Eu não sou granfina
Tenho liberdade
Quem me recrimina !

_Então Rosa, senta,
Vamos conversar
Como pode viver
Sem nem sequer usar
A arte da vida
É melhor rezar!

Vandete Bandeira Yung-Tay
20/05/09

domingo, 19 de julho de 2009

A BORBOLETA ANCIÃ ( A sextilha)







A BORBOLETA ANCI Ã
Sou uma bela borboleta.
O valor da minha vida
Quero ensinar as crianças
Apesar de ser querida
Não devo ser brinquedo
Ou posso ficar ferida.

Eu pulo de flor em flor
Parece que istou brincando.
Mais é meu alimento
Que estou procurando.
Só assim eu consigo
Ir me revigorando.

Fico voando sozinha
Vou assim bem devagar,
Longe das minhas irmãs
Procurando um lugar
Calmo, já que sou anciã
,Olho bem onde vou chegar
Não tenho tanta força
Pra lá e pra cá voando
E com muita rapidez.
Não posso nem andando
Minhas asinhas já estão
Débeis e fracassando.

Borboletas são sensíveis.
Admirem nossa beleza,
Voando sobre os campos
Sugando com destreza
O néctar que me sustenta,
Me dá vida e nobreza.

Não sirvo só de enfeite.
Transporto o pólem,
Semiando com o vento.
O homemvai trabalhando
Fios de seda que produzo
Em tecido transformando.
Não destruam meu casulo.
Ele é muito importante,
Dele sai o fio de seda,
Ou eu esvoassante
Leve e solta ao vento
Linda e quase Brilhante.
Crianças me ajudem
Preciso de proteção.
Não deixem que me caçem.
Fazendo de mim atração.
Me pregam em quadros
Sem nenhuma comtemplação

Vandete Bandeira Yung-Tay
19/07/09

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O RÓBIN HOOD DA CAATINGA (Sextilha)



Lampião
De infância normal
Que pelas feiras andava
Ouvia violeiros ,
Poeta que cantava
Realidade em cordel
De bando que matava,

Ouvia historia real
Sem saber que algum dia
Teria a vida narrada
Por um poeta que lia
Em cordel sua tragédia
Cantada pela via

Saturnino seu vizinho
Pra sua cerca aumentar
Juntou-se ao coronel
E sem pensar foi matar
Os pais de Virgulino
Que só fez se revoltar

Fizeram o massacre
Fé no moço não contaram
Que tinha pouca idade,
Foi ai que se enganaram
Os dois e muitos outros
Sobre a terra não ficaram

No ano de 1920
Quando tudo aconteceu
Vigulino e dois irmãos
Entram no bando do seu
Sinhô Pereira e logo
Passou a chefe e venceu

De Virgulino Ferreira da Silva
Ficou sendo Lampião
O que iluminava
O cangaço no sertão
No inverno só dava
Ele com todo o clarão

Quiz até o Padre Cícero
Enganar o Lampião
Fez-lhe uma promessa
Com uma promoção
Se a COLUNA PRESTES
Combatesse em ação

Quando Lampião tentou
Viu logo a enganação
A promessa do Padre
A patente de Capitão
Era só uma cilada
Disfarçada de sermão

Ao chegar em Pernambuco
Qual não foi a surpresa
A policia estava lá
Pronta pra levar presa
Todo o seu forte bando
Que partiu pra defesa

Mas isso não durou muito
Pois ele foi traído
Um mateiro disfarçado
Mostrou onde tinha ido
Lampião e seu bando
Ali foi surpreendido

Morto e decapitado
Pra Maceió foi levado
Sua cabeça exposta
Numa praça mostrado
Muita gente foi olhar
A cabeça do vingado

Eu ainda pequenina
Quis ver, fui escondida
Ninguém em casa sabia,
E fiquei arrependida,
Tive dó eu não devia
Ver tanta vida perdida

Pelas histórias que contam
Eu cheguei a conclusão
Que Saturnino foi quem
Começou a confusão.
Tornando o Virgulino
Menino bom em Lampião

Eu sempre ouvia falar
Nas maldades do meninão
Mas pouco se falava
Quando era boa ação
Virgulino era bom
Tinha um bom coração

Bondade, caridade,
Vendia menos jornal.
Maldade, crueldade,
Voava como vendaval
Assim só inventavam
Atrocidade animal

Falar do seu romantismo
Das famílias que ajudou
Não rendia um vintém
E tambem ninguém contou
Nem falou da sua dor
Quando seus Paes enterrou

Cinco romeiras andavam
A pé pela estrada
De Maceió a Juazeiro
Tinha promessa atrasada
Cruzaram com lampião
__Aonde vai apressada ?

Respondeu a matriarca
__Alcançar a oração
Agradecer a graça,
Que pedi com precisão
Se o senhor der licença
Continuo minha missão

Vá em frente “minha tia
Mando cinco cidadão
Acompanhar sua jornada
__ mais olhe aqui , atenção
Quero que cheguem lá sem
Sofrer um arranhão

Virgulino bom menino
Da música gostava
Escrevia poesias
Os idosos ele respeitava
Tocando sua sanfona
Os pobres ele ajudava

Sua filha Expedita
Fala do medo que tinha
Das roupas que ele usava
Era muita estrelinha
Espelhos por todo lado
Muitos anéis continha !!!

Naquelas mãos maltratadas.
Carinho não faltava
Sentada em seu colo
Expedita aceitava
Afagos do pai saudoso
Sua mãe muito á beijava

A história das romeiras
Tem gente viva ainda
Que pode testemunhar
É gente que tem “morada”
No norte e nordeste
É só ser procurada

Os SaturninoS existem
Desde que o mundo é mundo
FABRICANDO LAMPIÕES .
NÉRO , aquele imundo
Assim conta a história
Foi assassino profundo


Ha sempre a história da cerca
Cercaram nosso torrão
Que já tinha imposto pago
Nem nos deram satisfação
Sem ter como combater
Ficaram com nosso rincão


Também eram os “leões
Pra não virar lampião
Nem ter que formar um bando
Mamãe viúva, disse, não!
As crianças de menor
Ninguém vai da atenção

Foram várias famílias
Que sofreram essa agressão
Mas todas muito pequenas
Pra confrontar com “leão”.
As terras que tomaram
Já o comeu faz tempão

Brasil terra deslumbrante
Tu es idolatrada
Tuas matas verdejante
Tu és muito cobiçada
O mundo quer te roubar
Mas nós estamos de guarda

Não se esqueça meu BRASIL
Teu povo é muito viril
Ainda resta gente forte
Nesta terra varonil
Forte de MENTE sadia
Honesta e gentil

Vamos ver nossas crianças
Como diz a canção
Feliz a cantar, forte
Comendo muito pão
Sem pensar que amanhã
Pode faltar o feijão

Virgulino o bom menino
Já citado na cantiga
Tirava tudo dos ricos
Dava pro pobre com jinga
Foi ai que ele virou
RÓBIN HOOD DA CAATINGA.

Vandete Bandeira Yung-Tay 17/07/09

quinta-feira, 2 de julho de 2009

TE ENTENDO (A sétima) (Para minha amiga Rúbia)







Te Entendo

Entendo o teu momento
Sinto que te esforça
Quando estás lendo
O esforço não disfarça
O que vai na tua alma
É algo que dilacera
Apezar da tua força

Meus olhos marejam
Neste dificil momento
Em que me sinto sem fala
Quisera ser como o vento
Que no calor alivia,
E soprar no teu ouvido
Só palavras de alento

vandeteyung@ig.com.br